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Lyrics

Zona sul São Paulo hospital em Santo Amaro
No prontuário um menino discrito como mulato
Parto normal sem pai pra visitá
Outro cú que pra pagar pensão só com dna

Filho dá empregada do executivo, porco fritando
Filé mignon pros outros, zé arrotando ovo
Filho do bebum em zigue zague no bar
Serrando pinga, ficha de bilhar

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Sem anti-concepcional plano e escolaridade
Eu fui o oitavo a fugir do controle de natalidade
Sem olho azul distante do padrão da globo
Não nasci pra ser um ator viado das oito

De agasalho adidas soltando as faixas
A pé no barro uma hora dá classe pra casa
Tudo indicava catador de ferro
Ouvindo do porteiro não rasga o lixo do prédio

Até que numa tarde lá no barateiro
Foi pro short meu herói de brinquedo
Voltei pro morro assustado mas de nariz empinado
Orgulhoso com os muleques me abraçando admirado

Fui rei por um momento sem choro sem lenço
Sem ouviu não tenho dinheiro pra essa buceta de brinquedo
Com nove vi quem implora quem não honra o próprio saco
Que vitória é resgate pago e sequestrado embalsamado

O menino do morro virou Deus, o poderoso chefão, a majestade
O teste dá guerra ele venceu
Subiu uma escada de sangue pra primeira classe

O menino do morro virou Deus, o poderoso chefão, a majestade
O teste dá guerra ele venceu
Subiu uma escada de sangue pra primeira classe

Dá onde o tênis mais caro dá vitrine
Consto a fita no dolero êxito no crime
Aqualand, compra no porta mala
A brasília enferrujada fico rebaixada

Só que de, aventura só vive Indiana Jones
Mansão assalto a banco, sempre vai na mão dos home'
Nasci pra ser estrela não pra ser medalha
No arrombado que por trafico dá o cú e a farda

Na bunda do chevete um arsenal de polícia
Seis mil na mini-uzi, dinheiro a vista
Com quinze precisei de decisão na vida
Comprei um quilo de farinha, tomei a biqueira de cima

Um alemão de 12, três muleque de oitão
Filmando o movimento dá rua no portão
Pus um capuz tipo Hollywood, fui na sede
Só faltou o oscar pra minha sexta-feira treze

Truta tisoraram a fuga do tal alemão
Morreu que nem puta gritando mãe no chão
Chacina consumada, sem baixa sem revide
A custodia dá boca é nossa tem esfiha no habib's

Com truta comecei comandar de celular
Fui pra piso de granito, moveis fui internar
Tudo certo menos a contabilidade do sócio
Subiu na 51, com rato mino copo

O menino do morro virou Deus, o poderoso chefão, a majestade
O teste dá guerra ele venceu
Subiu uma escada de sangue pra primeira classe

O menino do morro virou Deus, o poderoso chefão, a majestade
O teste dá guerra ele venceu
Subiu uma escada de sangue pra primeira classe

O comando foi seco na bolsa da nike
Na cagoetagem três quilo de crack
Foi um cú que trampando pra mim compro um barraco
Outro dia a mãe passou mal eu socorri no meu carro

Traição ingratidão vai, pro colo do diabo
Depois grita cada pingo de plástico queimado
Em respeito ao pai crente sem emprego
Banquei a porra do enterro

Com senador me infiltrei na alta-sociedade
Ascensão, revendas, apriensões do denarc
Dono de joalheria, deputado federal
Artista modelo do domingo legal

Todos queriam, meu veneno na corrente sanguínea
Em troca restaurante chique, bebida fina
Chera esgoto atrás da champanhe francesa
No castelo de caras é podre a realeza

No glamur do coquetel negócio firmado
Droga pro empresário e meu serviço de jato
As bailarina do programa, sempre afim de um programa
Perna aberta na cama por 5 grama

Lancei umas firma quente pra lavar o capital
No farejador no que é meu que não tem cheiro
É o acerto com a federal
No copacabana palace, tipo mega star no rio
O menino do morro já era uns dos donos do Brasil

O menino do morro virou Deus, o poderoso chefão, a majestade
O teste dá guerra ele venceu
Subiu uma escada de sangue pra primeira classe

O menino do morro virou Deus, o poderoso chefão, a majestade
O teste dá guerra ele venceu
Subiu uma escada de sangue pra primeira classe

Bom tempo que eu não vejo minha mãe, minha família
Pela merda dá religião me abomina
Um dos filho que eu assumi saiu de casa
Quer ser o pai com r15, lançador de granada

Filhos de algumas das puta sem caráter sem moral
Que por crack chupava meu pau
De vez em quando a tonelada pra servi o pó na tv
Pro secretario de segurança se aparecer

Um preso pra ser resgatado disse que tal e tchau
Pra sair pelo portão com o diretor dando tchau
Dou risada de quem acredita na justiça
Mais fácil camelo na agulha do que eu na delegacia

Sou traficante tocado pro tribunal
Que no foguete dá nasa faz safári sideral
Tô na lista vip dos cassino clandestino
Quer ser presidente traz a campanha que eu financio

Sou poderoso chefão mais invisível como aço
Igual o pastor dá universal atrás do altar
O apresentador que te dá casa com mobília
O sertanejo de cd de platina

Vai vê seu time tem meu logo na camiseta
Você compra no meu shopping, voa pela minha empresa
Eu sou uma história de sucesso tipo aristóteles onassis
Só que subi uma escada de sangue pra primeira classe

O menino do morro virou Deus, o poderoso chefão, a majestade
O teste dá guerra ele venceu
Subiu uma escada de sangue pra primeira classe

O menino do morro virou Deus, o poderoso chefão, a majestade
O teste dá guerra ele venceu
Subiu uma escada de sangue pra primeira classe

O menino do morro virou Deus
Virou Deus
Virou Deus

Menino do morro
O menino do morro virou Deus
Virou Deus
Virou Deus
Virou Deus

O menino do morro virou Deus
Virou Deus
Virou Deus
Virou

O menino do morro virou Deus

Writer(s): Carlos Eduardo Taddeo, Dum-dum

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